quinta-feira, 30 de abril de 2020

As naus da armada de Fernão de Magalhães

Eram 5 as naus da "armada da especiaria", como foi chamada em Espanha.

Nau capitânia
Trinidad
110 tonéis
Custo 270 000 maravedis
Capitão à partida: Fernão de Magalhães
61 tripulantes
Piloto: Estêvão Gomes

San Antonio
120 tonéis
Custo: 330 000 maravedis
Capitão à partida: Juan de Cartagena
55 tripulantes
Piloto: Juan Rodríguez Mafra

Concepción
90 tonéis
Custo 228 750 maravedis
Capitão à partida: Gaspar de Quesada
45 tripulantes
Piloto: João Lopes Carvalho

Victoria
85 tonéis
Custo 300 000 maravedis
Capitão à partida: Luis de Mendoza
46 tripulantes
Piloto: Vasco Galego

Santiago
75 tonéis
Custo: 187 500 maravedis
Capitão à partida: Juan Rodríguez Serrano
33 tripulantes
Piloto: Juan Serrano

Dados essenciais sobre a armada, tal como se apresentava ao partir de Tenerife (porto da 1.ªescala, nas ilhas Canárias), segundo José Manuel Garcia, Fernão de Magalhães - Nos 500 anos do início da grande viagem


quarta-feira, 29 de abril de 2020

A aquisição e preparação das naus

Quando do contrato com o rei de Espanha, ficou acordado que o rei mandaria armar cinco navios, “abastecidos todos eles de gente, mantimentos e artilharia”.

Foi através de Juan de Aranda, feitor da Casa de la Contratación, que se fez a aquisição das naus.
Primeiro (outubro de 1518?), a Trinidad, a Concepción e a Santiago. Em dezembro (?), a Victoria e a San Antonio.

Terão sido adquiridas em Cádis, cidade que se localiza na Costa da Luz, zona da Andaluzia banhada pelo Oceano Atlântico. A 125 km de Sevilha, onde Magalhães morava desde outubro de 1517, o porto de Cádis foi muito utilizado como ponto de partida dos navios espanhóis da época das descobertas, em direção ao Novo Mundo (continente americano).
Também há referência a Sanlúcar como local possível de aquisição de algumas das naus.


Não terá sido fácil a aquisição dos navios.

O cônsul português em Sevilha, Sebastião Álvares, escreveu a D. Manuel I: “sam muy velhos e remêdados. Eu entrey neiles algüas vezes e çertifico a vosa alteza que pa Canaria navegaria de maa vontade neles, porq’ seus liames sam de sebe”.

Não terão encontrado melhor pelo valor que foi pago!

Sevilha

«É verdade que [Magalhães] já conhece estas cinco naus como a palma da mão. Ah, qual não fora o seu terror ao vê-las pela primeira vez, tão miseráveis, velhas, desmazeladas, usadas, compradas a toda a pressa! Mas de então para cá fez-se um bom trabalho; cada um dos velhos galeões foi completamente renovado, o entrecostado podre substituído por um novo, da quilha à ponta do mastro cada um foi breado e encerado, calafetado e baldeado. O próprio Magalhães verificou, uma a uma, se cada tábua, cada prancha não estaria apodrecida ou bichosa, examinou cada amarra, cada parafuso, cada prego. As velas, pintadas de fresco, são de linho resistente e ostentam a cruz de Santiago, padroeiro dos espanhóis; os filetes foram renovados, o metal polido, cada coisa se encontra, arrumada e limpa, no seu devido lugar; (…) Apesar de tudo, é um facto que estas chalupas bojudas e redondas não se tornaram embarcações velozes e tão pouco estão indicadas para regatas, mas graças à sua substancial largura e ao seu calado, oferecem muito espaço para carga e garantem uma certa segurança em situações de mar revolto: é precisamente por serem tão pesadas que, de acordo com as previsões terrenas, poderão resistir às mais violentas tempestades.»
Stefan Zweig, Magalhães - o homem e o seu feito

A armada tinha ficado pronta para a partida em agosto de 1519.

Reparar as naus

«(…) o almirante, sabendo bem que nada torna as pessoas mais insatisfeitas do que a ociosidade, trata de arranjar desde o início tarefas cansativas que mantenham os marinheiros ocupados. Da quilha ao mastro, manda vistoriar ao pormenor os navios que estão há quase um ano em viagem, ordena que se arranje madeira nova, que se cortem vigas;»
Stefan Zweig, Magalhães - o homem e o seu feito





«Uma [nau] de cada vez, precisavam de se achegar à costa, para que na maré-baixa pudessem “ficar a seco” – uma operação complicada, em que se tombavam em terra para que se pudesse limpar e escovar a carena das embarcações, trocado o madeirame apodrecido, calafetada cada fisga com estopa embebida em pez, de modo a evitar a entrada de água pelas frinchas ou buracos. Também o ventre das naus, entre traves e barrotes, precisava de ser calafetado com alcatrão e estopa, e levar nos fundos umas telas oleadas com breu.
Os barcos tinham sido comprados em segunda mão e tinham já navegado muito além da conta, careciam de muitos cuidados. As velas e os mastros também necessitavam de reparos (…)»
João Morgado, Fernão de Magalhães e a ave-do-paraíso


Pintando as naus no Clube de Artes e Talentos
(Escola Básica 2,3 Paulo da Gama)

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Nos Passos de Magalhães - Gonçalo Cadilhe

O fascínio do escritor-viajante Gonçalo Cadilhe pelo navegador português fê-lo percorrer vários países e oceanos, visitando os locais mais significativos da viagem de Magalhães.


quinta-feira, 16 de abril de 2020

Fernão de Magalhães na "Mensagem", de Fernando Pessoa

Quando desenvolvemos o conjunto de atividades integradas no Dia da Escola - Uma aventura em alto-mar -, a turma do 8.º A, com professora Vera Pires, de TIC, gravou a leitura do poema Fernão de Magalhães, do livro Mensagem, de Fernando Pessoa.
É o oitavo poema da segunda parte da obra, Mar Português, que está relacionada com os descobrimentos. Foi feita, depois, uma montagem e o resultado foi este:


Leitura: 
Beatriz Landeiro / Renata Frangoulis / Miguel Hassanali / Daniel Santos 

Montagem:
Bruno Sanches / Daniela Ramos
(Turma 8.º A)

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Confinados

A pandemia causada pelo novo coronavírus deixa-nos confinados à segurança das nossas casas.
O mau tempo confinou a armada de Magalhães à segurança da baía de San Julián. 

«Quatro meses, cinco meses, é o tempo que a frota de Magalhães tem de permanecer neste triste porto da desgraça, cercada pelo Inverno. Nesta terrível solidão, o tempo alonga-se, pesado e sem sentido, mas o almirante, sabendo bem que nada torna as pessoas mais insatisfeitas do que a ociosidade, trata de arranjar desde o início tarefas cansativas que mantenham os marinheiros ocupados.»
Stefan Zweig, Magalhães - o homem e o seu feito

A tripulação montou um acampamento em terra e a manutenção dos navios recebeu uma especial atenção.

Nós vamos aproveitar o duplo confinamento para irmos falando de aspetos variados relacionados com esta viagem, com a personagem histórica que foi - é - Fernão de Magalhães e com a atenção que o homem e a sua história foi tendo ao longo do tempo.
Aquilo a que nos propusemos desde o início.

quarta-feira, 8 de abril de 2020

A solução era ficarem por ali uns tempos

«Estava a começar a nevar de novo, o convés das naus estava branco, o vento mostrava-se agreste e uivava por entre as frestas de madeira da embarcação. O mar apresentava-se embrulhado, com vagas enormes, mesmo ali no resguardo da baía. As naus agitavam-se de tal forma, que até os marinheiros experimentados nas coisas do mar se mostravam nauseados. Além do mais, as águas arrastavam pedras de gelo que se desprendiam das falésias - era perigoso navegar nestas condições. Era temerário continuar.
(...) Impossível prosseguir com aqueles gelos? Sim, era verdade, Magalhães sabia disso, mas retornar também não era opção. Seria o seu fim. A solução era ficarem por ali uns tempos.»
João Morgado, Fernão de Magalhães e a ave-do-paraíso


terça-feira, 7 de abril de 2020

A execução de Gaspar Quesada

«Na manhã nevada de sete de abril, desceram de novo a terra para cumprir tão horrenda sentença.»


Gaspar Quesada, condenado à morte, ia ser decapitado. Depois, o seu corpo iria ser esquartejado e os pedaços do corpo espetados em estacas.
Luis de Molino, o seu criado, também condenado à morte, teve a pena perdoada, porque aceitou ser ele a executar o seu senhor.

sábado, 4 de abril de 2020

O julgamento dos amotinados

Fernão de Magalhães mandou os "escribeiros" tomarem nota do que contavam as testemunhas da rebelião, pois tudo deveria ser apresentado mais tarde a el-rei.
Terá sido a 4 de abril de 1520 que foi feito juízo sumário dos envolvidos na rebelião.

«Depois da comida da manhã, desceram aos batéis e seguiram quase todos para terra. O que antes fora um altar transformou ele numa mesa de tribunal extraordinário, apenas com um manto cor de vinho que oscilava com o vento e a Bíblia sagrada. Mandou acender nova fogueira para aquecer os corpos, chamar a tripulação, e também os prisioneiros para que fossem julgados e sentenciados na frente de todos. Na mesa sentou-se Magalhães rodeado de homens armados - Espinosa era agora o seu braço forte e tinha montado uma guarda pessoal com os seus militares mais fiáveis. À sua frente foram arrojados todos os homens a sentenciar. Os seus corpos tremiam, de frio e de medo. Em tal juízo, só o padre Pedro de Valderrama ousou apelar à santidade do perdão por todos aqueles homens que se ajoelhavam à sua frente.»
João Morgado, Fernão de Magalhães e a ave-do-paraíso

Todos seriam condenados, mas os marinheiros e homens de armas - cerca de 40, entre eles Sebastian del Cano - far-lhe-iam falta. Acabaram por ser libertados.

A tripulação jura fidelidade a Fernão de Magalhães depois do motim
Mas os cabecilhas foram condenados. 
O capitão Gaspar de Quesada, que tinha apunhalado o mestre Juan Elorriaga - tinha cometido crime de sangue - foi condenado à morte.
O capitão Juan de Cartagena, que havia sido nomeado pelo próprio rei e que era sobrinho do bispo de Burgos (conselheiro real e presidente do Conselho das Índias, que fora decisivo no apoio do rei à expedição de Magalhães), foi condenado a ficar desterrado "para todo o sempre" naquela terra gélida da baía de San Julian, quando a armada partisse. Com ele ficaria o seu cúmplice, frei Pedro Sánchez de la Reina, capelão da nau Concepción, que sempre instigou à rebelião.

Baía de San Julián, onde  Juan de Cartagena e frei Pedro Sánchez de la Reina
seriam deixados quando a frota levantasse ferro

quinta-feira, 2 de abril de 2020

A contra-ofensiva de Fernão de Magalhães

Na manhã do dia 2 de abril de 1520, Fernão de Magalhães ficou a saber da rebelião quando da nau Concepción informaram que só recebiam ordens do capitão Gaspar Quesada.
Este capitão enviou uma carta a Magalhães, justificando a ação realizada.
Os capitães espanhóis consideravam-se marginalizados por Magalhães, porque este não lhes dava quaisquer informações nem os ouvia quanto às decisões a tomar. Eles também tinham responsabilidades e obrigações relativamente à frota e à sua tripulação. Reclamavam, portanto, um tratamento mais condigno e que fossem respeitadas as suas funções.


Mas Magalhães respondeu de uma forma que os capitães revoltosos não contariam.
Prendeu os marinheiros que tinham ido na chalupa (pequeno barco de apoio às naus) que Quesada enviara com a sua carta.
Fernão de Magalhães enviou essa chalupa à nau Victória, mas só com homens da sua confiança. Entre eles Gomez Espinosa, aguadil da armada* e fiel mestre de armas, que entregou ao capitão Luis de Mendoza um convite para um encontro com Fernão de Magalhães no navio-almirante, matando-o de seguida com um punhal.
O grupo de homens bem armados que seguia na pequena embarcação subiu a bordo da Victoria e assumiu o comando da nau, surpreendendo a tripulação.

Passaram a ser três, então, as naus do lado de Magalhães contra as duas dos amotinados. E as três naus dispuseram-se de forma a bloquear uma possível tentativa de saída da baía por parte da San Antonio e da Concepción.

Homens fiéis a Fernão de Magalhães controlaram, sem resistência, as duas embarcações rebeldes.
Os capitães revoltosos foram presos e Álvaro Mesquita foi libertado.
Magalhães recuperou o domínio da situação, mas terá ficado a pensar no que devia fazer.


«O rei atribuiu-lhe expressamente o direito ilimitado sobre vida e morte, mas os principais culpados são simultaneamente pessoas de confiança da coroa. Para manter a sua autoridade, Magalhães teria de aplicar um castigo exemplar, só que não pode castigar todos os amotinados.»
Stefan Zweig, Magalhães - o homem e o seu feito

Réplica do gabinete de Fernão de Magalhães na nau
(apesar da nau Victoria não ser aquela que Magalhães capitaneava)
(Museo Tematico Nao Victoria - San Julián)
Como poderia Magalhães continuar a viagem se tivesse de castigar severamente mais de um quinto da tripulação?

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* Aguadil - Oficial de justiça nos navios espanhóis, encarregue de fazer cumprir as ordens judiciais, incluindo os castigos impostos aos delinquentes e a vigilância dos prisioneiros.

A rebelião no Puerto de San Julián


Na noite de 1 para 2 de abril, quando as naus estavam fundeadas na baía, os três capitães espanhóis, nomeados pelo rei, que recusaram o convite de Fernão de Magalhães para almoçar - Gaspar Quesada (capitão da Concepción), Luís de Mendoza (capitão da Victoria e tesoureiro da expedição) e António de Coca (ex-capitão da San Antonio e contador da armada) - de conluio com Juan de Cartagena (1.º capitão da San Antonio, destituído por Magalhães, e vedor da armada, o mais alto funcionário do rei que ia a bordo), comandaram uma rebelião contra o capitão-mor.
Os rebeldes dirigiram-se, na escuridão da noite, para a nau San Antonio, onde prenderam Álvaro de
Mesquita (primo de Magalhães e que este nomeara capitão da San Antonio durante a viagem) e Gaspar Quesada apunhalou o mestre do navio, Juan de Elorriaga (fiel a Magalhães). Os tripulantes portugueses que se encontravam a bordo foram presos.

Para garantir o apoio da restante tripulação, abriram a despensa de bordo, permitindo o acesso a uma boa ração de pão e de vinho.
O comando da nau foi confiado a Juan Sebastian del Cano, enquanto os líderes do motim regressaram às naus de onde tinham saído, tendo-as prontas para qualquer combate que pudesse vir a ser travado.

Ao início do dia 2, os revoltosos controlavam, portanto, 3 das naus da armada: San Antonio, Concepción e Victoria.
Do outro lado, Fernão de Magalhães capitaneava a Trinidad e poderia contar com o apoio da Santiago, a mais pequena e fraca das naus, capitaneada por Juan Rodríguez Serrano.

E é nestas condições que vamos passar a noite.
Fernão de Magalhães deve ter dormido descansado, na ignorância do que se tinha passado.

quarta-feira, 1 de abril de 2020

Uma missa polémica... 500 anos depois


A Igreja Católica, juntamente com o governo da província de Santa Cruz e o município de Puerto San Julián, prepararam a celebração dos 500 anos daquela que é considerada, por alguns historiadores, como a primeira missa em território argentino. (ver mensagem anterior)

Em novembro passado, o próprio Papa Francisco lamentou não poder participar nessa celebração.


Mas uma publicação local contesta a celebração.
Considera, em primeiro lugar, que, há 500 anos atrás, não existia a Argentina enquanto realidade política - o território era ocupado pelos Tehuelches, que ficarão conhecidos como patagónios ou patagões, como foram chamados, e a região como Patagónia, história que contaremos.
Recorda, depois, o processo de colonização da América, com toda a violência que o mesmo implicou, incluindo o genocídio de povos indígenas. Considera a ação da Igreja Católica como parte integrante dessa colonização - "atrás da cruz vinha a espada".


É verdade que alguns tehuelches foram as primeiras vítimas de uma forma de atuação comum aos descobridores, que pretendiam levar consigo exemplares dos povos com quem iam contactando pela primeira vez, para mostrar aos seus reis como evidências das suas descobertas. Eram uma prova do seu sucesso. 
Magalhães pretendeu fazer o mesmo. 

Nestes tempos do novo coronavírus, será que irão acontecer/aconteceram as celebrações da missa da discórdia?

Racionamento e Missa

A decisão de Fernão de Magalhães em passar o inverno em S. Julián causou o desagrado geral.
Para agravar esse estado de espírito, ordenou um racionamento dos víveres da tripulação - a dose diária de alimentos e de vinho iria ser reduzida. Em terra, podia ser que encontrassem mais víveres.
Provocou a exaltação da tripulação.


No seu raciocínio, que não estava errado, só dali a muitos meses é que iriam atingir as férteis terras tropicais. O racionamento revelava-se-lhe como a salvação da tripulação para a travessia do Pacífico, que calculava ser longa.

Era verdade, mas nem a passagem para o Pacífico ele tinha ainda descoberto!
A vontade da tripulação era voltar para trás.
Já era suficiente o que tinham feito - nenhum europeu tinha chegado tão a Sul!
Uma comissão parlamentou com o capitão-general, que lhes lembrou o compromisso assumido perante o rei de Espanha.

«O prosseguimento da jornada ao longo da costa da Patagónia já foi uma espécie de fuga para a frente, pois Magalhães não tinha condições pessoais nem políticas para regressar a Castela sem uma descoberta.»
João Paulo Oliveira e Costa, O homem que descobriu o planeta azul,

Vista aérea da atual cidade de San Juan (Argentina)
A 1 de abril, domingo de Páscoa ou domingo de Ramos (a informação varia conforme os autores), Fernão de Magalhães mandou celebrar uma missa em terra.

Pormenor de uma aguarela de Inés Anzoátegui
representando a celebração da missa
 «(...) o primeiro domingo depois que aqui entraram, saíram todos em terra, e disse missa um sacerdote que ia na companhia, a qual ouviram com muita devoção e alegria do espírito, porque havia muitos dias que não fizeram outro tanto. Isto foi no mês de Abril de quinhentos e vinte, havendo já nove meses que partiram de Sevilha.
E mandou o capitão-mor que fossem alguns homens a um monte muito alto que estava aí perto e pusessem nele uma cruz, e pôs-lhe nome Monte de Cristo.»
Fernando Oliveira (escrito entre 1560 e 1570, com base num livro - uma história da "viagem de Fernão de Magalhães escrita por um homem [Gonzalo Gomez de Espinosa?] que foi na companhia")


San Julián - Monumento à primeira missa celebrada
Magalhães também tinha convidado os capitães das naus para, depois da celebração da missa, almoçarem com ele a bordo da Trinidad.
Mas os capitães espanhóis não compareceram ao almoço.