«(…) o almirante, sabendo bem que nada torna as pessoas mais insatisfeitas do que a ociosidade, trata de arranjar desde o início tarefas cansativas que mantenham os marinheiros ocupados. Da quilha ao mastro, manda vistoriar ao pormenor os navios que estão há quase um ano em viagem, ordena que se arranje madeira nova, que se cortem vigas;»
Stefan Zweig, Magalhães - o homem e o seu feito
«Uma [nau] de cada vez, precisavam de se achegar à costa, para que na maré-baixa pudessem “ficar a seco” – uma operação complicada, em que se tombavam em terra para que se pudesse limpar e escovar a carena das embarcações, trocado o madeirame apodrecido, calafetada cada fisga com estopa embebida em pez, de modo a evitar a entrada de água pelas frinchas ou buracos. Também o ventre das naus, entre traves e barrotes, precisava de ser calafetado com alcatrão e estopa, e levar nos fundos umas telas oleadas com breu.
Os barcos tinham sido comprados em segunda mão e tinham já navegado muito além da conta, careciam de muitos cuidados. As velas e os mastros também necessitavam de reparos (…)»
João Morgado, Fernão de Magalhães e a ave-do-paraíso
|
Pintando as naus no Clube de Artes e Talentos
(Escola Básica 2,3 Paulo da Gama) |
Sem comentários:
Enviar um comentário