quarta-feira, 1 de abril de 2020

Uma missa polémica... 500 anos depois


A Igreja Católica, juntamente com o governo da província de Santa Cruz e o município de Puerto San Julián, prepararam a celebração dos 500 anos daquela que é considerada, por alguns historiadores, como a primeira missa em território argentino. (ver mensagem anterior)

Em novembro passado, o próprio Papa Francisco lamentou não poder participar nessa celebração.


Mas uma publicação local contesta a celebração.
Considera, em primeiro lugar, que, há 500 anos atrás, não existia a Argentina enquanto realidade política - o território era ocupado pelos Tehuelches, que ficarão conhecidos como patagónios ou patagões, como foram chamados, e a região como Patagónia, história que contaremos.
Recorda, depois, o processo de colonização da América, com toda a violência que o mesmo implicou, incluindo o genocídio de povos indígenas. Considera a ação da Igreja Católica como parte integrante dessa colonização - "atrás da cruz vinha a espada".


É verdade que alguns tehuelches foram as primeiras vítimas de uma forma de atuação comum aos descobridores, que pretendiam levar consigo exemplares dos povos com quem iam contactando pela primeira vez, para mostrar aos seus reis como evidências das suas descobertas. Eram uma prova do seu sucesso. 
Magalhães pretendeu fazer o mesmo. 

Nestes tempos do novo coronavírus, será que irão acontecer/aconteceram as celebrações da missa da discórdia?

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