domingo, 16 de fevereiro de 2020

Já foi Guanabara - História do NE Sagres

O Albert Leo Schlageter ao ser lançado ao mar
(30 de outubro de 1937)
O Sagres deixou para trás a baía de Guanabara.
É curioso que o navio-escola já se chamou... Guanabara.
Tal aconteceu quando a embarcação esteve na posse da Marinha do Brasil (1948-1961).

O navio foi construído no estaleiro Blohm & Voss, em Hamburgo (1936-37). Destinava-se à Marinha alemã e chamava-se Albert Leo Schlageter (nome de um militar alemão, combatente na I Guerra Mundial).



A sua história com bandeira alemã foi muito conturbada, desde uma colisão na sua primeira viagem de instrução (1938) a um embate com uma mina (1944), durante a 2.ª Guerra Mundial.
Ficou para os EUA, quando da partilha dos despojos de guerra pelos vencedores. Foi cedido à Marinha do Brasil por uns simbólicos 5 mil dólares, em 1948.
Entrou a reboque na baía de Guanabara, para ser reparado, e tomou o nome da baía, o que já era tradição: foi o 5.º navio-escola com esse nome, no Brasil.

O Guanabara (ex-Albert Leo Schlageter e futuro Sagres)
Na proa mantinha-se a águia alemã.
Em 10 de outubro de 1961, quando o navio já estava parado há mais de dois anos, o Governo português adquiriu-o por 150 mil dólares, para substituir o anterior navio-escola, chamado Sagres e também construído na Alemanha (1896).
O "velho" Sagres, transformado em navio depósito, passou a chamar-se Santo André e o Guanabara herdou a função de navio-escola veleiro na Marinha Portuguesa e o nome de Sagres.
A sua primeira viagem com a bandeira portuguesa iniciou-se a 25 de abril de 1962.


A viagem continua, com a memória de Fernão de Magalhães.

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