Depois de ter estado fundeado na Baía de Guanabara, atracou e estará aberto a visitas até 6.ª feira.
Recordemos Magalhães nessa baía, quando ainda não se registavam problemas de poluição.
«Do ponto de vista paisagístico, a baía do Rio de Janeiro não era, com certeza, menos bela, naqueles tempos idos, do que no seu actual esplendor citadino, e deve ter surgido aos olhos dos extenuados tripulantes como um verdadeiro paraíso. Rio de Janeiro, assim baptizado por ter sido descoberto no dia de São Januário, e erradamente chamado de Rio, por se supor que, por trás do emaranhado de ilhas, se encontraria a foz de um imponente curso de água, já naquele tempo estava na esfera de domínio dos portugueses. De acordo com as suas próprias instruções, não era sítio onde Magalhães devesse desembarcar. Mas como os portugueses ainda não tinham criado nenhuma feitoria e ainda não existia a ameaça de uma fortaleza com canhões defensivos, como a baía colorida ainda é realmente terra de ninguém, os navios espanhóis podem deslizar sem receio por entre as encantadoras ilhas que protegem a costa florida, e lançar ferro sem serem molestados. Mal se aproximam, logo os nativos, cheios de curiosidade e sem qualquer suspeita, se precipitam das cabanas e da floresta para receber aqueles soldados revestidos de armaduras.
(...) Pigafetta vai escrevendo incansavelmente as suas reportagens no livro de apontamentos, (...)»
Stefan Zweig, Magalhães - o homem e o seu feito
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