quinta-feira, 22 de outubro de 2020

A exploração da baía

Os pilotos terão manifestado a convicção de que aquela baía era fechada. Deviam avançar!

Magalhães insistiu em explorar a enseada.

A San Antonio e a Concepción receberam a missão de avançar tanto quanto possível na exploração do interior da baía, mas de regressar no prazo máximo de 5 dias.

A Trinidad e a Victoria ficaram a explorar a parte exterior da baía. 

Uma tempestade - furacão? - fustigou a baía. As duas naus que aguardavam nada sabiam do que poderia ter acontecido às duas que partiram para a exploração do interior da enseada.

Ao fim do prazo dado (ou já depois?) as duas naus estavam de regresso. E quando toda a frota ficou à vista, a San Antonio e a Concepción dispararam salvas de canhões e içaram todos os pavilhões e todas as auriflamas: era a "linguagem da vitória".

Estas duas naus tinham conseguido escapar à tempestade e entre as reentrâncias descobriram um canal. Nova enseada, novo canal, nova enseada...


«Assim foram navegando durante três dias, sem encontrarem o fim daquela espantosa via marítima. Não conseguiram achar a saída definitiva, mas era impossível que aquela estranha passagem fosse um rio, pois a água mantinha-se invariavelmente salgada, a maré alta e a maré baixa deixavam as suas marcas regulares e uniformes na areia da praia. (...)»

 Stefan Zweig, Magalhães - o homem e o seu feito

Estaria encontrada a passagem...


Sem comentários:

Enviar um comentário