terça-feira, 3 de março de 2020

Por onde andava Magalhães? Por golfos e baías

Há 500 anos, por onde andava Fernão de Magalhães?

«Eram muitos os golfos e baías que pareciam anunciar a passagem naquelas paragens e decerto que não não devia estar posta por Deus a muitas léguas. Digo isto porque, se está posta em África de tal guisa, quando a terra se quebra para deixar passar o mar, o mesmo haverá de ser nesta parte do mundo.»
José Manuel Núñez de la Fuente, Diário de Fernão de Magalhães

Depois da baía do rio da Prata, a viagem, feita por mares desconhecidos, tornou-se lenta e fez-se sempre junto à costa. Não havia mapa que pudesse servir. 
Todas as reentrâncias eram exploradas.


Em 24 de fevereiro, a frota aproximou-se golfo a que foi dado o nome de S. Matias. O navio mais pequeno explorou uma possível passagem para o "Mar do Sul", mas, mais uma vez, essa passagem não foi encontrada.
O mesmo em mais duas baías: a dos Patos e a dos Trabalhos (tão difícil se revelou explorá-la, com o mau tempo que fazia).

Os "patos mansos" que deram o nome à baía - descritos como "gansos silvestres" por Antonio Pigafetta, o italiano que exerceu as funções de cronista, eram... pinguins, o pinguins-de-Magalhães, como são designados (Spheniscus magellanicus).


Destes "patos" se abasteceram as naus, tal como de leões-marinhos.
E a viagem continuou, com mau tempo, céu sombrio, dias mais curtos, mais frio...

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