Na cronologia dos factos marcantes da viagem, o Almirante Teixeira da Mota indica que Andrés de San Martín, o cosmógrafo da armada, observou um eclipse do Sol no rio de Santa Cruz.
Um eclipse a partir do qual calculou o valor da longitude (61º), muito próximo dos 63º que seriam o seu valor efetivo. A medição da longitude era um desafio!
No diário ficcionado de Fernão de Magalhães, José Manuel Núñez de la Fuente descreve o momento, embora refira "eclipse da Lua".
«Sendo entre a terça e a sexta de quinta-feira, aos onze dias de outubro do ano presente, pudemos ver um sinal muito prodigioso no céu, ocultou-se a cor do Sol que mudou em avermelhado e escureceu todo o horizonte, ficando todo aquele termo em que estávamos muito em penumbra, do que adveio pena profunda e soçobro forte no ânimo dos homens que viram tal como sinal de infortúnio. Depois disto conversei com o astrólogo San Martín, que disse ser um eclipse da Lua nesta parte do polo antártico, tendo as afirmações do astrólogo como certas e de razão, por conta de os já ter visto antes.»
José Manuel Núñez de la Fuente, Diário de Fernão de Magalhães
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