Mas as naus ali andaram, desde 10 de janeiro a 2 ou 3 de fevereiro.
Magalhães terá pensado, inicialmente, que se tratava do estreito tão procurado.
«Todos a bordo também estavam unanimemente convencidos de terem encontrado finalmente a tão ansiada passagem naquela ampla via marítima pois (...), ali a amplidão das águas expandia-se até ao infinito; aquele golfo só podia ser o início de um outro estreito de Gibraltar, de um outro canal da Mancha, de um outro Helesponto, unindo oceano com oceano. (...)
Quinze dias inteiros se passam, ou antes, se desperdiçam, numa busca vã pelo estuário do rio da Prata. Mal a tempestade, que os tinha acometido logo à chegada, amaina um pouco, Magalhães divide a frota. As naus mais pequenas são enviadas para ocidente pelo suposto canal (seguindo, na realidade, rio acima). Ao mesmo tempo, e sob o seu comando pessoal, as duas naus maiores atravessam o rio da Prata em direção ao sul, "por ver si habia pasage" e até onde os levaria ela. (...) Mas que amarga deceção!»
Stefan Zweig, Magalhães - o homem e o seu feito
O estreito, a existir, ficaria mais a sul.
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