sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Jornadas Europeias do Património 2019

Decorrem desde hoje e até domingo, dia 29 de setembro, as Jornadas Europeias do Património 2019, este ano subordinadas ao tema Artes Património Lazer.

O programa pode ser visto aqui.

Relacionando Património e Magalhães, lembramos que podemos encontrar Fernão no Padrão dos Descobrimentos.

Em primeiro plano, da esquerda para a direita, Vasco da Gama,
Pedro Álvares Cabral, Fernão de Magalhães e Miguel Corte-Real.
Fernão de Magalhães segura um anel náutico, instrumento concebido
por Pedro Nunes para medir com mais rigor a altura do Sol


Projetado por Cottinelli Telmo, o Padrão dos Descobrimentos, como o conhecemos, é uma construção em betão e cantaria de pedra, com esculturas em calcário da região de Sintra, começada em janeiro de 1960, no âmbito das Comemorações do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique.
Antes, tinha existido uma outra construção semelhante feita em materiais perecíveis, pois destinava-se a ser uma construção temporária, incluída na Exposição do Mundo Português (1940).
As esculturas, da autoria de Leopoldo de Almeida, homenageiam
um conjunto de 33 personagens ligadas aos descobrimentos
No chão do espaço fronteiro ao monumento, está representada uma rosa dos ventos de 50 metros de diâmetro, desenhada no atelier do arquiteto Luís Cristino da Silva.


Ao centro encontra-se um planisfério de 14 metros de largura, decorado com elementos vegetalistas, rosas dos ventos, bufões, uma sereia, um peixe fantástico e Neptuno com tridente e trombeta montado num ser marinho.


Pormenor do planisfério: a América do Sul, com destaque para os
estreitos que permitem a passagem do oceano Atlântico para o oceano Pacífico.
Uma nau (de velas com a cruz de Cristo - símbolo dos navios portugueses)
ao sul do Rio da Prata, ponto de passagem de Fernão de Magalhães.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Canárias - A primeira escala da viagem

A 26 de setembro de 1519, a armada de Fernão de Magalhães fez a sua primeira escala da viagem, em Tenerife, nas Canárias.

Aí foram reforçadas as provisões com mais carne, água e lenha.
Carregaram, ainda, pez, uma substância que era importante para a calafetagem das embarcações.


Durante esta escala nas Canárias, uma caravela veio de Sevilha com um aviso para Magalhães, alertando-o para a possibilidade de ser alvo de uma traição dos seus capitães.
A viagem continuou.


A saída de Sanlúcar, em direção ao mar

Sanlúcar de Barrameda (como seria em 1519)
20 de setembro foi a data de saída das cinco naus do porto de Sanlúcar, onde haviam chegado provenientes de Sevilha, em direção ao oceano.

A 20 de setembro foi feita a emissão conjunta, em Portugal e em Espanha,
de selos comemorativos do 5.º centenário da expedição de Fernão de Magalhães 
O selo português destaca a figura de Fernão de Magalhães;
o espanhol destaca a figura de Sebastião del Cano, o capitão que concluiu a viagem


Sanlúcar (ou San Lúcar) de Barrameda fica junto ao estuário do rio Guadalquivir.
Foi neste porto que Magalhães procedeu às derradeiras inspeções antes do início da viagem, verificando o estado dos navios e o seu carregamento com tudo o necessário.

As naus no rio Guadalquivir
(ilustração de Arturo Redondo)
Mas os navios já haviam largado do ancoradouro de Sevilha, nas margens do rio Guadalquivir, a cerca de 100 km de distância, no dia 10 de agosto.

Sevilha no século XVI

O porto de Sevilha em finais do século XVI
Em Sevilha, na igreja de Santa Maria de la Victoria, teve lugar a cerimónia oficial em que Fernão de Magalhães prestou juramento de fidelidade ao rei Carlos de Espanha e recebeu o estandarte real, perante toda a tripulação.



sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Comemoração dos 500 anos da viagem no 5.º H

A turma do 5.° H comemorou hoje a data dos 500 anos da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães em EVT, imaginando Fernão de Magalhães a bordo da sua nau, em alto mar. 


«Parabéns meus queridos. As vossas "Cartas de Marear" estão fantásticas!»
(Prof.ª Maria Cristina Araújo)

Embarcámos na expedição!


Para celebrar os 500 anos da partida de Fernão de Magalhães, as turmas do 3.º ano da EB1 do Fogueteiro e do 5.º B da EB2/3 Paulo da Gama participaram no programa que o Pavilhão do Conhecimento – Centro Ciência Viva dedicou à viagem daquele navegador, à exploração dos oceanos e aos novos desafios que essa exploração coloca para a Humanidade.


Se Fernão de Magalhães abriu novos mundos ao mundo usando os conhecimentos científicos do seu tempo, é tempo de compreender os novos desafios que a humanidade e os oceanos enfrentam e, mais uma vez, como o conhecimento pode permitir enfrentá-los.



Os alunos puderam experimentar um conjunto muito diversificado de atividades.
Esperamos que os próprios as venham contar...





20 de setembro de 1519 - a partida

20 de setembro de 1519, Fernão de Magalhães, ao comando de uma armada de cinco navios, partiu de Sanlúcar de Barrameda, na foz do rio Guadalquivir, em direção às ilhas Molucas.

Sanlúcar de Barrameda (século XVI)

Objetivos da viagem:
- chegar às ilhas Molucas, no Oriente, navegando através de uma rota por ocidente;
- provar que aquelas ilhas, ricas em especiarias, ficavam no hemisfério espanhol, de acordo com a divisão do mundo feita no Tratado de Tordesilhas (1494), entre Portugal e Espanha.

Mas a viagem tornou-se mais conhecida porque resultou na primeira volta ao mundo - a circum-navegação da Terra.

O arquipélago das Molucas no planisfério de Kunstmann,
com a legenda "ilhas de maluqua domde vem ho cravo"

«Ao romper do dia – é terça-feira, 20 de setembro de 1519, uma data que ficará na História universal –, as âncoras são levantadas com um tinido, as velas batem ao vento, os canhões ribombam na direção da terra que vai ficando para trás: a mais longa viagem de descoberta, a mais temerária aventura da História da humanidade começa nesse preciso momento.»
Stefan Zweig, Magalhães - o homem e o seu feito


Fernão de Magalhães




«Magalhães é o paradigma perfeito do explorador e do navegante do seu tempo. Pertenceu a uma classe de homens sem igual, empreendedores humildes e visionários, desprovidos de meios e lutadores férreos, loucos capazes de lançar-se por mares imensos e terras selvagens sem olhar para trás uma vez sequer.»

José Manuel Núñez de la Fuente, Diário de Fernão de Magalhães - o homem que tudo viu e andou